quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Maconha pode frear câncer de mama, diz estudo
planta de maconha
Canabidiol já se mostrou eficaz contra câncer no cérebro
Uma pesquisa realizada por cientistas americanos sugere que o canabidiol, uma substância encontrada na maconha, pode impedir que o câncer de mama se espalhe.

Durante testes de laboratório, os cientistas do Instituto do Centro de Pesquisa Médica do Pacífico da Califórnia observaram que o canabidiol, ou CBD, atua bloqueando a atividade do gene Id-1, que seria responsável por disseminar as células cancerígenas de um tumor para outras partes do corpo, processo conhecido como metástase.

Exames anteriores realizados com o canabidiol já haviam mostrado que a substância pode bloquear as formas agressivas de câncer no cérebro e, de acordo com a nova pesquisa, o CBD também poderia atuar da mesma forma diante de células cancerígenas da mama.

O estudo, publicado na revista científica Molecular Cancer Therapeutics, afirma que, como o canabidiol não tem propriedades psicoativas, o uso da substância em futuros tratamentos não infringiria as leis que proíbem o consumo da maconha.

Alternativa

Os cientistas ressaltaram que as descobertas não têm como objetivo estimular as pessoas a fumarem maconha e que é muito improvável que a concentração de CBD necessária para o tratamento do câncer seja obtida através do consumo da droga.

De acordo com o líder da pesquisa, Sean McAllister, o CBD pode, no futuro, ser a base para um tratamento não-tóxico alternativo à quimioterapia.

“As opções atuais para o tratamento das formas agressivas de câncer são limitadas”, disse ele.

“Tais tratamentos, como a quimioterapia, podem ser eficazes, mas também são extremamente tóxicos e difíceis para os pacientes.”

“Este composto encontrado na maconha nos dá a esperança de que haja um tratamento que possa alcançar os mesmos resultados sem nenhum dos efeitos colaterais dolorosos”, disse McAllister.

Joanna Owens, do Centro de Pesquisa do Câncer, da Grã-Bretanha, pondera, no entanto, que a pesquisa com o canabidiol ainda está no estágio inicial.

“Essas descobertas agora devem ser seguidas de testes clínicos em humanos para saber se o CBD é seguro e se os benefícios clínicos podem ser aplicados”, disse Owens.

Nenhum comentário:

Postar um comentário